14.9.09

Alma lavada (3) – a triagem

Naquela terça-feira feira às 13h, apesar dos meus compromissos profissionais, dei um jeito, adiantei o trabalho e fui para o CAPC, com ajuda do meu fiel “motorido”. Até então eu achava que naquela tarde se resolveria tudo, inclusive com a cirurgia espiritual.
Havia cerca de 30 pessoas aguardando, cada uma recebeu uma senha e um crachá com seu nome. No Ribeirão o prédio também lembra um hospital, acredito que ainda maior que o Núcleo de Forquilhinhas. Tudo é muitíssimo limpo e organizado, e nos dois locais revezam-se cerca de 650 voluntários.
Com meus exames nas mãos, fui chamada e entrevistada por umas quatro pessoas, incluindo um médico oncologista e uma nutricionista. Depois de várias perguntas detalhadas, fui informada de que deveria voltar no dia seguinte, quarta, para ficar das 8h às 18h; na quinta também, mesmo horário, e na sexta ficar para dormir, pra ser liberada no sábado às 11h. “Meu Deus, mas e o trabalho?”, foi a primeira coisa que eu pensei. Ao mesmo tempo, vi que era um trabalho sério e senti que seria uma oportunidade. Na mesma noite avisei meu chefe que iria fazer um tratamento de saúde. Detalhe: não podia ficar com celular durante o tratamento, nem desligado. Isso pra mim já era coisa de outro mundo.
Algumas das pessoas receberam outro tipo de agenda, com tratamentos mais curtos e sem “hibernação”. Do total, umas 20 foram recomendadas ao tratamento que culminaria com a cirurgia espiritual na sexta à noite.
Logo no começo nos pediram pra não perguntar quanto era, se poderíamos contribuir, etc. “A parte financeira já está resolvida e não deve ser foco de preocupação pra vocês”.

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