14.9.09

Alma lavada (2) – voltando um pouquinho

Antes de contar o que aconteceu lá, é importante contextualizar que uns dois ou três anos antes comecei a me interessar pela doutrina espírita. Quando pequena, era teoricamente católica, freqüentei missa, fiz comunhão. Mas nunca me identifiquei, sempre senti como obrigação. Cheguei ir umas três vezes na igreja evangélica, mas o sino também não bateu. Outras vezes parei em casas não kardecistas, mais interessadas em fenômenos sobrenaturais do que na doutrina propriamente dita. Nada que despertasse a minha fé.
O primeiro livro que comprei foi num sebo, no Sul da Ilha. “O livro dos Espíritos”, do Alan Kardec, que na época me pareceu muito complexo. É o livro base do espiritismo cristão, junto com o Evangelho segundo o Espiritismo. Fui algumas vezes assistir palestras em casas espíritas, geralmente com passe no final. Sempre fazia bem, mas eu não era nada disciplinada. Li algumas outras coisas até chegar à biografia do Chico Xavier. Talvez por ter sido escrita por um jornalista (Marcel Souto Maior), que não se declara espírita, a obra tenha me tocado tanto. Não traz nenhum tipo de pregação, ensina pelo exemplo. Depois disso foram mais e mais palestras em diferentes casas espíritas e as primeiras leituras de obras psicografadas.
Cheguei ao CAPC com alguma noção do que se tratava. Mas era só uma noção. Na prática, o impacto foi como se eu não soubesse de nada.

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