18.10.10

Prossima fermata: Roma!

7 de outubro - A viagem de avião pra lá foi cansativa: acordamos 6h30 e só chegamos no nosso destino – um apto alugado na Via Montegiordano – às 16h. Os apartamentos, que alugamos pela internet, não eram exatamente o que pareciam pelas fotos. Mesmo assim, a localização era ótima, pertinho da Piazza Navona. No mesmo prédio, outros seis amigos tinham alugado apês – um pra cada casal. Eu e o Gu fomos os primeiros a chegar. Largamos as tralhas e saímos andando até o Castel Sant´Angelo, que achamos lindo e ficamos de voltar pra subir na torre (o que fizemos no fim de semana seguinte). Poucos passos depois demos de cara com a cidade do Vaticano. Assim como aconteceu em Paris em 2008, rolou aquela emoção de já ter visto tantas vezes aquele lugar em fotos, livros ou na TV, que demora um pouco pra cair a ficha que você está ali de verdade. A princípio foi só uma voltinha, voltamos pro prédio pra encontrar a galera e saímos pra caminhar, comer, beber e curtir a maravilhosa Piazza Navona, com a Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios). No dia seguinte, a andança seria forte: Vaticano de dia e show do U2 à noite.

8 de outubro: Nos encontramos na entrada do Museu do Vaticano, onde ficamos umas três horas que não deram nem pro cheiro. Falando em cheiro, em Roma estava fazendo uns 30 graus, e nós com as malas lotadas de casacos pesados.
Bom, voltando ao Museu, daria pra ficar uma semana ali dentro estudando a história de cada capela, cada escultura e pintura. Mas não dava tempo. Então fizemos um tour en passant até chegar à famosa Capela Sistina, que é realmente linda, com a pintura “Adamo e Dio” (A criação do Homem), de Michelangelo, que fica no teto. Embaixo, um mar de japoneses que não podiam fotografar, coitados. É proibido. Nada que brasileiros discretos não conseguissem burlar.
O show estava marcado pras 19h30, mas o noticiário dava conta de um “venerdi nero” (sexta-feira negra) por causa do trânsito e de uma greve geral de sindicatos. Por isso, 16h saímos de casa pra pegar o táxi. Chegamos cedo e os lugares eram marcados. A banda de abertura (Interpol) não era lá grandes coisas, mas a empolgação era enorme só de estar dentro do Stadio Olimpico lotado. O público fazia olas que davam toda a volta. Quando o U2 subiu ao palco, foram mais de duas horas de pura emoção. Um clima de alegria, paz e amor tomou conta das 70 mil pessoas que cantavam e dançavam. Não consegui segurar as lágrimas quando começou Miss Sarajevo e o Bono começou a cantar aquela parte do Pavarotti em italiano. Outro momento mágico foi quando o público, previamente orientado, desenhou em letras garrafais na platéia a palavra ONE, sem que a banda soubesse. O palco em 360 graus, a iluminação, os vídeos, as mensagens por paz, a interação com o público, tornaram o show uma experiência que dificilmente se repetirá. Nota mil é pouco.
Agora vou parar que o trem já está quase chegando. Devo voltar a escrever depois de Veneza, quando pegaremos o próximo e último trem, de volta pra Roma.

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