2.8.10

Pais nossos que estão na Terra

Lendo esse primor de texto que o amigo Dauro escreveu pro pai dele, parei pra pensar na importância dessa figura na vida de cada um. Ontem ainda, vendo na TV uma matéria sobre adolescentes que se perdem em frente ao computador, muitas vezes se expondo de forma prejuducial, comentei com o Gu sobre a falta que faz o convívio familiar. Logo depois vi uma reportagem no Fantástico sobre o absurdo número de abortos feitos todos os dias no Brasil. Infeliz realidade.
É triste constatar, mas os pais de verdade são raros. Tá cheio de histórias de pai que foi embora, de pai que nunca viu o filho, de filho que nunca viu o pai. Ainda pior: pai que abusa dos filhos. Ou então de pai que não faz diferença. Tem aquela tese de que vários gênios viveram muito bem sem pai, que pai não faz falta.
Acho que a gente até supera. Mas que pai faz falta, faz.
O meu pai eu amo, mas como ele e minha mãe se separaram quando eu tinha uns cinco anos, não posso dizer que tenha realmente experimentado uma relação de pai, daqueles que conversa, aconselha, aconchega, inspira, serve de exemplo, de porto seguro. Superei bem, mas senti falta. E não o culpo, porque sei que ele não teve também.
Acho que por isso fico tão encantada de ver a amizade entre o Gu e o Igor. Tenho certeza que isso faz toda diferença na segurança sentimental que ele vai ter por toda a vida.
Se um dia o Gu foi pai por "acidente", hoje ele é pai por convicção. E é esse o pai que eu quero pro meu filho.

A todos os pais e padrastos que fazem diferença, feliz dia dos pais adiantado!

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