10.7.10

Inspirador



Um amigo já havia indicado o filme Invictus há um bom tempo, mas só ontem tivemos o prazer de assistir. O filme conta uma parte da vida do Nelson Mandela, e como ele interferiu de forma positiva pra integração dos sul africanos por meio do esporte.
Num trecho, Mandela, que viveu 27 anos em uma cela minúscula, cita um poema que o ajudou nas piores horas. É lindo demais. Sem querer estragar o filme, pra quem não viu, segue uma tradução livre dessa maravilha:


Invictus

Sob o manto da noite que me cobre
Negro como as profundezas de um pólo a outro
Eu agradeço a todos os Deuses que possam existir
Por minha alma inconquistável
Nas garras ferozes das circunstâncias
Não me encolhi, nem derramei meu pranto
Golpeado pelo destino,
Minha cabeça sangra, mas não se curva
Além deste lugar de iras e lágrimas
Só se enxerga o horror das sombras
Ainda assim, a ameaça dos anos me encontra
E me encontratá sempre destemido
Pouco importa quão estreita seja a porta
Quão repleta de punições seja a lista
Sou o senhor do meu destino
Sou o capitão da minha alma


Sobre o Autor (biografia publicadano livro "Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa"):
William Ernest Henley, nasceu em Gloucester, Inglaterra, em 23 de agosto de 1849, primogênito de seis irmãos, filho de um modesto vendedor de livros. Apesar da difícil condição financeira, seu pai conseguiu enviá-lo para uma escola secundária, Crypt Grammar School, que não pode concluir por motivos de saúde e financeiros. Tinha apenas doze anos de idade quando foi diagnosticada sua artrite decorrente do bacilo da tuberculose. Aos dezesseis teve a perna esquerda amputada abaixo do joelho. Em 1867, perdeu seu pai, tornando-se arrimo de sua mãe viúva e de seus irmãos. Em 1869 mudou-se para Londres onde conseguiu emprego como jornalista autônomo. Em 1872 sua doença o compeliu a viajar em tratamento para Edimburgo, Escócia, onde escreveu a coleção de poemas In Hospital e se apaixonou por Anna Boyle, com quem viria a se casar. Em 1875 tornou-se amigo íntimo de Robert Louis Stevenson que fora levado ao hospital para lhe conhecer. Nesse mesmo ano teve alta e retornou a Londres, onde se tornou editor da revista London. Em 1878 casou-se com Anna Boyle com quem teve sua única filha, Margaret, em 1888, que faleceu de meningite apenas 5 anos depois. Em 1889, tornou-se editor da revista Scots Observer, onde, nesse mesmo ano, escreveu uma crítica desfavorável de O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde que desencadeou uma célebre controvérsia entre ambos. Henley era um homem entusiasmado e apaixonado, com opiniões veementes e emoções intensas, e teve discussões com muitos outros contemporâneos. Permaneceu como editor de Scots Observer (cujo nome havia mudado para “National Observer”) até 1894, após o que morou em várias cidades inglesas com sua esposa. Morreu em 1903 de tuberculose.

4 comentários:

Cibele disse...

estou louca pra ver!

ahh, esses dias a Bruna fez eu mostrar onde era a "casa daquela moça dos gatinhos".. aí mostrei.

eu disse: é Aline e mora lá, naquele predio amarelinho e branco.

e ela:
Alineeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, oieeeeee. É a Brunaaa

(acho q vc nao ouviu, mas o predio e cercanias, certamente)

bjo

Jorge Ferreira disse...

Que legal, estou com este filme faz um tempo e tava sem vontade de ver, agora to curioso.
valeu a dica.
Gostei de seu post.
Abraços!

Ligia Moreiras Sena disse...

Passo por aqui sempre, mas hoje vou deixar uma mensagenzinha só pra dizer que estamos com saudades!

Beijocas

Li e galerinha!

Francisco Renaldo disse...

A sociedade atual está carente de líderes... MAndela é um deles. Nossa juventude, bom nossa juventude são pucos que pensam nisso, se preocupam mais com o presente. Seu blog é muito bom!