27.12.07

O pingüim do pântano - parte 1


Primeiro deixa eu introduzir o assunto: estamos numa casa alugada na praia do Pântano do Sul. E, só pra variar, acabamos nos envolvendo numa historinha animal.

Noite passada, era quase meia-noite, estávamos nos preparando pra dormir e ouvi o Gu dizer: “o mundo ta virado mesmo. Tem um pingüim ali na beira da praia”.
Desci correndo e lá estava o bichinho, exausto e sujo de óleo. Os curiosos foram se juntando, achei melhor sair de perto pra ver se o pingüim voltava pro mar. Não voltou. Aí liguei pro Corpo de Bombeiros:
“Ah, é difícil, eles não recolhem”, disse o atendente. Mas insisti e ele me deu o número do telefone da ambiental. Liguei pra lá e, como era um fone fixo, estranhei que tivessem atendido aquela hora. O homem me informou que não havia como buscar o animal naquele horário, mas que eu ligasse às 8h30 da manhã que já teria alguém lá pra providenciar o resgate.
Perguntei o que fazer com ele até lá, pois tinha bastante gente importunando o bicho, tirando foto, colocando o pé, e ele não reagia. “Coloca numa caixa de papelão”, ele me disse. Achei aquilo um absurdo.
Bom, na dúvida, o Gu pegou o pingüim e trouxe pra casa. Tentamos deixa-lo numa bacia, mas ele ficou bravo, tentou bicar. Ele ficou solto, no chão da área de serviço. Tentamos dar peixe, mas ele não quis, então fomos dormir.

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