No novo lugar onde estamos morando tem uma pracinha bem simpática, com espaço pras crianças brincarem e os adultos se exercitarem. Naturalmente, tem alguns cachorros que circulam por ali a acabam ganhando a simpatia dos moradores (nem todos, claro). Tempos atrás, uma cadelinha apareceu prenha. Pra minha surpresa, as crianças estavam todas com o discurso na ponta da língua: "depois que nascerem, a cadelinha vai ser castrada e os filhotinhos serão doados e castrados também". Que legal. Com certeza algum adulto conversou com eles a respeito.
Ontem à noite, fui caminhar e notei que a cadela estava sem barrigão. Fui falar com os meninos que estavam brincando com ela e perguntei dos filhotes. Estava louca pra ver.
Eles me contaram que foram todos doados. "Mas já??? Nem mamaram? Doados pra quem??"
Quando eles me responderam que deram pra universidade, me deu um nó no estômago. Não falei nada pra eles, que estavam empolgados, dizendo que lá "eles dão um leite bem forte". Mas pelo que sei, aqui na UFSC o destino dos cachorrinhos é virar cobaia do curso de medicina.
Por favor, se alguém tiver informações diferentes, me corrija. Adoraria estar errada.
Um comentário:
Oi Aline. Não sei se nos conhecemos, também sou jornalista e mas e agora teu fã de blog, rs.
Aqui por São José a coisa tbém tá feia. Não existe nem projeto da prefeitura pra resolver o problema dos cães e gatos abandonados. Na entrada do Hospital Regional, por exemplo, tem dias que aparecem dezenas de cachorros, recepcionando quem vai até o local. Maus tratos são registrados com frequência, mas nada de solução. Contrataram (a Prefeitura) uma empresa que vai cuidar da esterilização dos animais, mas ninguém sabe onde o serviço é praticado.
Salve-se quem puder.
Tenho um blog também e logo vou abordar esse assunto por lá. Apareça:
http://contextolocal.blogspot.com
Abraço.
Jurandir Siqueira
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