Eu, gaúcha de descendência portuguesa, naturalizada manezinha, depois de aprender inglês, resolvi estudar italiano. Por conta disso hospedei duas italianas em casa esse final de semana. Entre os vários passeios que fizemos, uma caminhada até à praia da Galheta, onde conhecemos um casal - ele árabe, ela brasileira nordestina. Vieram perguntar se ali era mesmo permitido ficar pelado. Resposta positiva, o árabe foi logo baixando as calças e deixando o habib de fora. A mulher, mais contida, deixou a parte de baixo. É bom esclarecer logo que o nosso grupo se manteve vestido o tempo todo. Conversa vai, conversa vem, uma das italianas conta que está aprendendo a escrever em árabe. Aí rolou uma cena bizarra: as duas italianas e o casal sentados; uma delas escrevendo nossos nomes em letras árabes na areia; ele, sentado em posição de yoga, com o peru à milanesa, falando um idioma incompreensível e a esposa sem sutiã concordando com sotaque baiano.
Depois disso as italianas entram no mar, a gente se distrai, e quando vê as duas já estão gritando por socorro. Meu marido, paulista criado em Floripa, levanta correndo e pega a prancha de um surfista carioca pra fazer o salvamento. Foi por pouco. Ainda bem que Deus é brasileiro.
2 comentários:
Faltou dizer que na hora do almoço encontramos um amigo japonês.
sem falar que elas compraram uma canga de um baiano com um jamaicano fumando uma bomba
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