11.10.05

Sim ou Não?

Nada de referendo sobre comércio de armas. A dúvida no caso não tem nada a ver com tirar a vida, mas sim, gerá-la. A pergunta que tenho me feito é: será que devo ter um filho? Por mais que seja uma questão pessoal, não consigo separá-la do contexto social que me envolve. Na verdade a pior dúvida não é só ter um filho, acho que quero ter, mas devo gerar ou adotar? O tempo passa e eu fico cada vez mais indecisa.

Se eu engravidar: vou passar pela experiência física e emocional da gestação, que deve ser realmente incrível, e vou gerar um ser com as nossas características, o que também deve ser extremamente gratificante. Mas quanto mais eu leio, assisto Tv e olho pro lado, mais me convenço de que é loucura trazer mais alguém pro mundo. Além disso, tem o risco de gerar uma criança com problemas físicos ou mentais graves. No fim das contas, acabo achando que procriar só pelo prazer da gestação é muito egoísmo. Sem falar que os primeiros dias, semanas e meses devem ser "carga pesada". Pouco sono, corpo nada atraente, função 24h. Ainda assim, quando converso com mães recentes, todas são unânimes em dizer que vale a pena, e bate uma vontade de experimentar o tal amor incondicional.

Se eu adotar: vou ter o prazer de saber que estou ajudando alguém, dando oportunidade pra uma pessoinha ser e fazer alguma coisa de bom no mundo. Além disso, poderia esperar bem mais tempo pra começar a ser mãe, pq adoção não depende de idade. Mas também tenho medo de escolher uma criança que simplesmente não se adapte, e no meio de algum problema, pensar "pôxa, o que que eu fui fazer?" Claro que isso também pode rolar com filho biológico, mas dá medo de rolar arrependimento.

Putz, enquanto tô escrevendo isso, lembrei que a minha menstruação tá atrasada...

Um comentário:

Anônimo disse...

Essas dúvidas sobre ter ou não um filho também me afligem. Quanto à gestação, já não sofro desse mal. Questão de gênero, sabe? Hehehehe. Mas o medo de uma criança com problemas de saúde, o sofrimento e uma eventual perda são preocupações que eu também tenho. É bom saber que não estou sozinho nessa seara.