22.3.10

Deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida

Desde que descobri que tinha entre meus leitores alguns figurões do ambiente profissional, passei a me censurar automaticamente. Deixei de escrever muita coisa e, quando escrevia, pensava bem em cada palavra. Só que aí o blogue ficou tão chato que acho que agora já pararam de ler. Então vou tentar retomar o estilo antigo, de escrever o que der vontade.
Esses dias ando bem agoniada. Quem acompanha política local sabe que essa semana troco de chefe - embora ainda não saiba quem será o próximo. E hoje, depois de duas semanas de férias, tava ansiosa pra falar com o chefe atual, saber o que vai acontecer, quem vai chegar, sugerir um texto de despedida, mil coisas. Mas, como muitas vezes acontece, não consegui. Basta ele entrar que aparece gente "importante" de tudo que é lado e começam aquelas reuniões de gabinete demoradas e "ininterropíveis". Por telefone ele não gosta de falar muito. E se tem uma coisa que eu não sei ser é inconveniente. Só que, pra uma jornalista, essa característica às vezes faz falta.
Moral da história: saí sem conversar e amanhã é feriado aqui em Floripa (aniversário da cidade). Quarta eu tento de novo.
Assim como das outras vezes (esse é o terceiro secretário que eu atendo), fiquei bem chateada com a notícia da saída. A gente acaba se apegando ao estilo do gestor, já sabe como fazer as matérias com o jeito dele, o que pode ou não divulgar, ganha autonomia pra decidir as coisas. E sempre bate aquela insegurança sobre o próximo chefe e se ele vai querer me manter na função. Mas é questão de tempo.
De qualquer forma, desde que entrei no governo tive a oportunidade de trabalhar com gestores de estilos bem diferentes, com os quais aprendi bastante e criei laços de amizade.
Dessa última vez tive um chefe dois meses mais jovem que eu, mas anos-luz à minha frente em ousadia e visão política. Um curso intensivo de liderança.
Onde for e com quem for, que continue o aprendizado.

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