5.5.08

Na boca do lixo (ou da boca pro lixo)

"Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus!"
Com a maior carinha de apavorado, o Igor se deu conta, exclamando "Meu Deus" umas oito vezes, de que tinha esquecido o aparelho dentário em cima da mesa de um café na Lagoa, cerca de uma hora antes. Ele tinha ido lá com a minha sogra (vó dele), mais uma amiga dela e a filha, de dez anos, amiga dele. Cada vez que come, ele tira o aparelho, depois coloca de volta. Enquanto lanchavam, a mãe da amiguinha contou que a filha esqueceu uma vez o aparelho numa mesa do shopping, e que as duas tiveram que revirar lixeiras até encontrar. Pois não é que aconteceu a mesma coisa?
Lá fomos nós: eu, ele e a vó/sogra, vasculhar o lixo do café. O Igor e ela colocaram luvas e meteram a mão na lixeira. Eu, mais nojenta, só segurei as garrafinhas d´água vazia e fiquei rezando pro São Longuinho. Depois de três lixeiras e o Igor já a ponto de chorar, eis que um dos garçons encontra o bendito aparelho! O moço ganhou 10pilas de gorjeta e um festival de "muito obrigado". O Igor ficou verdadeiramente convencido que foi milagre do São Longuinho. No caminho, imaginamos o que ele diria pra mãe se não encontrasse mais o aparelho. Eu tive uma idéia:
- "Fala que eu cortei a telinha da janela e joguei ele do sexto andar".
Afinal, a culpa é sempre da madrasta mesmo...

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