No jornalismo - acredito que em outras áreas também - é relativamente comum a gente só enxergar os erros quando é tarde demais pra corrigí-los. Aí resta rir da tragédia. Tenho três exemplos que ilustram a situação.
Um deles aconteceu no começo do meu namoro com o Gu, quando me ofereci pra fazer a locução de um vídeo da minha sogra, que é mestre, doutora, phd e guru em artes cênicas. A coisa foi feita meio sem supervisão, e um dia, ao assistirmos o resultado final, ela caiu na gargalhada ao ouvir a palavra "miduím". O texto original era midium (um gênero de discurso), mas eu, como na época não sabia o que bicho era esse, li errado e larguei um miduím com toda a convicção. Sei que o tal vídeo foi até pro exterior e até hoje deve ter gente se perguntando do miduím.
Outro aconteceu uns cinco anos atrás, quando fazíamos as matérias de um jornal de bairro. Algumas pautas eram meio previsíveis, então não era raro escrevermos declarações pra depois só aprovar com as fontes. Mas um dia acabamos deixando escapar um furo. Assim que o jornal chegou da gráfica, depois de ter sido exaustivamente revisado por toda a diretoria, resolvemos reler algumas matérias e encontramos, no meio de uma delas, uma opinião muito importante, precedida da frase "segundo algum personagem". O pior é que nunca ninguém reclamou ou tocou no assunto. Depois dessa nunca mais coloquei texto provisório nem em legenda!
E a terceira aconteceu quando o Gu era editor da Inside, revista de surfe. Reproduzo aqui da forma como ele mesmo contou:
“Há uma história curiosa envolvendo essa edição. Dois fotógrafos estrangeiros que colaboravam com a gente, Jason Childs e Pete Frieden, mandaram um material excelente de fotos produzido durante a etapa do WCT em G-Land (inclusive a foto da capa, com o Teco Padaratz). Mas não tínhamos nada de texto. A solução foi apelar para um conterrâneo que trabalhava como juiz nesses campeonatos. Ele deixou um resumo manuscrito do evento na redação antes de viajar pra outra etapa. Editamos o relato, que saiu assinado pelo pseudônimo oficial da revista: Arabesco Ducal (invenção do saudoso Marcos Bicudo). A revista já estava nas bancas quando o Pantera veio perguntar quem era o Dwake. Não tinha nenhum Dwake no circuito mundial, mas saiu na matéria. No dia que o mar ficou monstruoso, perigoso mesmo, o Arabesco observou: "The best is Dwake!". Fomos revirar os manuscritos e estava lá com uma letra estranha: "The beast is awake". Até hoje rimos dessa história”.
Um comentário:
Ai Aline, pelo amor de Deus!! Tem uns micos que só tu pagas!!! Rsrsrsrsrs!!! "miduím"???????? Ai Jesus!Beijo
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