Caldo

Hoje foi feriado aqui em Floripa - aniversário de 280 anos da cidade. Fomos numa festa promovida por um cara que também faz aniversário hoje e que até há pouco tempo era colunista de jornal, o Ricardinho Machado. Por isso a festa se chama Ricaldinho da Ilha. São servidos caldinhos variados, a maioria de frutos do mar, e a bebida também corre solta.
O calor hoje estava infernal como nas últimas semanas, e a festa era num terreno à beira-mar quase abaixo da cabeceira da ponte. As lonas colocadas pra proteger do sol acabavam contribuindo pra deixar o clima um pouco mais abafado. Não que a festa estivesse ruim, não. Pelo contrário. A descrição acima é só pra tentar dar uma idéia de como eu me senti quando tomei um banho de caldo quente de camarão da cintura pra baixo.
Eu já estava suando, e assim que sentei numa cadeira, o Gu - sem querer - derrubou uma cumbuca cheia de caldo em mim. Muito caldo. E eu de saia. Faltou pouco pra eu chorar. Que sensação hor-rí-vel. Quando eu andava minha sandálias enxarcadas da caldo de camarão faziam "splesh-splesh". As pernas ficaram cheias de temperinho verde. Ainda bem que a minha mãe tem apartamento ali perto. Mas até chegar debaixo do chuveiro foi punk.
Depois a sensação de alívio foi tão boa que eu dei muita risada e voltei pra festa bem mais animada do que na primeira vez. Desse caldo eu não vou esquecer. Só fiquei imaginando se alguém tivesse filmado a minha cara na hora...