13.2.06

Micos de foca

Tem coisas que quando acontecem fazem a gente querer se desmaterializar imediatamente, de tanta vergonha. Mas depois acabam virando motivo de risada pro próprio protagonista do mico. Quando a gente é foca (jornalista recém-formado) então, os micos são super recorrentes.
Lembro que quando comecei a trabalhar com assessoria de imprensa, uma das minhas primeiras tarefas foi ligar pro Prisco Paraíso, um colunista local de política. Me preparei antes, escrevi num papel as perguntas, pra não dar branco. Só faltou lembrar do nome da criatura. O colunista se chama Cláudio e tem um irmão, também conhecido na cidade, dirigente de futebol, que se chama Paulo. Respirei fundo, liguei, e depois do alô, fui falando: "Boa dia Paulo, o senhor pode falar?" A resposta foi curta e grossa: "Meu nome é Cláudio!". Aí foi tudo pro beleléu. Não teve anotação que ajudasse. Gaguejei horrores. O cara deve ter rido muito depois.
Mas teve uma pior. Fui fazer uma matéria pruma revista em uma galeria de arte, tava indo super bem, tudo era lindo e a entrevista fluiu maravilhosamente. Aí, na hora de sair, vi uns souvenirs, tipo uns mini-azulejinhos pintados pela artista, com uma plaquinha de preço: R$2 00. Aí falei: "Vou levar dois!". Tirei quatro reais do bolso pra pagar, quando a recepcionista me informou: "Cada um custa DUZENTOS reais, querida". Isso tudo testemunhado pela artista e pelo fotógrafo da revista. Eu desejei a morte.
Essa aí confesso que até hoje me dá vergonha de contar...

8 comentários:

Anônimo disse...

AAAAAAFFEE!!! A gafe dos azulejinhos é realmente pra querer morrer! Mas, infelizmente, não são só os "focas" que podem passar por essa.
Ai, Eilyn, parece que eu tô vendo a tua cara! Rs...
Saudades de ti, linda.
bjs (pro Gu tb!)
Kita

Anônimo disse...

vergonha mesmo é um mini-azulejo custar 200 reais. Não pro autor, pra essa pessoa deve ser motivo de orgulho. Vergonha pro mundo mesmo...

Anônimo disse...

Foca é porquê o iniciante vive metendo o nariz em fria? Eu nunca desvendei este mistério.

Bacana é ter coragem de contar. Muito bem!

Anônimo disse...

Oi Aline. Sempre visito seu blog mas hoje não pude deixar de comentar. Dei boas risadas e sofri junto contigo! Hehehe. Um abraço.

Dauro Veras disse...

:)) Uma vez,ao telefone, pedi pra falar com a dona fulana, mas era fulano - ele tinha um daqueles nomes bigênero. Já pisei em pé de entrevistado, tive que pedir caneta emprestada pq a minha acabou no meio do papo, fiz perguntas "inteligentes" que se revelaram ignorantes etc. etc. etc. E etc.

Anônimo disse...

Não fique triste que vc não está só... leia de vez em quando meu blog que está cheio de foras, mancadas e afins... Bjs. Agora, só por curiosidade, vc comprou algum azulejinho?

Niu disse...

Oi Aline, 10 esse blog!!! Onde vc conseguiu esse template??? Depois da uma olhada no meu, tem ateh uma tentativa minha de escrever matérias hehee, umas criticas, coisas amadoras eheh.. Sucesso pra vc!

Anônimo disse...

Entrevistado também comete gafe. Sempre fui ruim pra lembrar nomes e títulos.Então, numa entrevista, citei um livro mas errei o nome da autora. Ainda bem que deu tempo de passar um e-mail pedindo pra consertar.