Hoje almocei com a minha sogra e ela me falou sobre como é bom conversar com as noras quando os maridos (filhos dela) não estão junto. "O papo é bem mais interessante". Ela diz que com eles também prefere conversar quando estão sozinhos; que as pessoas mudam muito quando estão com seus cônjuges. Será?
Fiquei pensando nisso e acho que ela tem um pouco de razão. A gente é diferente quando está "avulsa". Em casal, fica meio que um time, eu acho.
Segundo ela, esse é um dos principais motivos da aversão por reuniões de família. "Me dá arrepios!". Ela diz que não entende aquelas pessoas que colocam no Orkut que sua maior paixão é a família. "Cadê a individualidade?"
Confesso que também não sou muito afeita à uma reunião de família. Tem 99% de chance de virar programa de índio...Mas, ruim com ela, muito pior sem ela!
4 comentários:
gostei da tua sogra.
eu estava conversando com meus amigos que casaram no ano passado e é o único casal que eu conheci que não mudou depois do casamento. Inclusive ainda dividem a casa com os amigos. Como as pessoas mudam! a barriga cresce, o comportamento e os programas mudam.
Megui:
Você que pensa. A Barriga cresce de qualquer maneira. Nunca goste de uma sogra. Você terá dois problemas: era vira também sua mãe. Seus amigos vão mudar. Filhos.
Ou seja, "a vida como ela é", como dizia o bom Nelson Rodrigues, que Deus o tenha.
Aline: Belo texto.
Cheguei atrasada nessa conversa, mas vamos lá:
1) respeitosamente discordo da Bi: é possível amar a família, ter um bom relacionamento com ela e manter a individualidade.
2) tecnicamente minha família é enorme, já que por parte de mãe tenho mais de 50 primos, entre primos-irmãos e de segundo grau, mas claro que quando digo que amo minha "família" estou me referindo a um pequeno grupo de pessoas fundamentais para mim.
3) sogra também é família. Enteado também é família. Marido também é família. No meu caso, até cachorro é família! É por isso que eu digo sempre que sou uma moça "de família" (heheheeh)
O Hélio Schuch costuma dizer que família é só pra gente visitar nas festas. Discordo. E não entendi esta da tua sogra: família x individualidade? Não há a menor oposição nisso, quanto mais contradição! Eu sou daqueles que não têm o menor receio de ficar sozinho, morar sozinho... inclusive já morei sozinho e adorei. Mas não dispenso o convívio familiar... quando posso, já que daqui de São Paulo fica meio difícil. A propósito de família, o ano de 2005 foi o pior da minha vida; perdi meu pai, aos 58 anos, numa cirurugia cardíaca mal-sucedida. Depois de uma trauma assim, a gente se perguntando porque não passou mais tempo com a família? Queria ter feito um passeio com ele lá pelo Rio Grande, pela terra onde ele estudou, mas não deu. Agora, o negócio é aproveitar o convívio com os outros. Minha vontade de voltar à terrinha aumentou ainda mais. O negócio agora é tentar viabilizar um retorno.
parabéns pelo blog, Aline.
abraço
ph
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