Tem coisas que quando acontecem dão aquela vontade de sumir, se desintegrar instantaneamente. O termo Mico define bem essas situações.
Depois que passa um tempo só resta achar graça. Lembrei essa semana de dois micos meus.
Um deles foi no RJ, quando tava num hotel na Barra, de frente pro mar. Fui pra trabalhar num evento que começava 8h30 e não tinha hora pra acabar. Só tinha eu e mais uma mulher numa equipe com uns 12 homens. Pra aproveitar um pouquinho daquela praia maravilhosa, eu levantava antes das 7h, tomava o café da manhã, que era no saguão de frente pro mar, caminhava, dava um mergulho, voltava pro hotel, tomava banho e me arrumava pro trabalho. 8h tava super profissional, prontinha pra pegar o táxi. E assim foi durante quatro dos cinco dias que fiquei lá. No último rolou o mico. Vesti um shortinho e desci de toalha na mão, pronta pra repetir o ritual pela última vez. O que eu não sabia era que a "homarada" tinha decidido ir mais cedo. Quando saio do elevador, dou de cara com aquela dúzia de engravatados tomando café. Todos pararam e me olharam com olhos de raio x. Ou eu voltava correndo pro elevador, ou dava bom dia e ia pra praia, ou fazia de conta que nada de mais tava acontecendo. Engoli seco e fiquei com a terceira opção. "Bom dia, madrugaram?", falei pra todos. Deixei a toalha numa cadeira no meio deles e fui me servir do café, querendo mor-rer...
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